Capº V - Conhecer a BA2

01-04-2015 14:19

Capº V - Conhecer a BA2

 
 
A Base da Ota era tão ou mais isolada do que a de Tancos, por isso pouco mais havia onde passar o tempo noturno do que dar uma olhadela nalgum programa sem interesse, no único canal de TV que existia, ou, em alternativa, uma ida ao cinema da Base, só à quinta-feira. Além dos habituais Edifícios e Serviços comuns a qualquer outra Base, como a Secretaria da E.P.D.P., da Polícia Aérea, Cancela da Polícia e a Porta de Armas, havia os Postos de Controlo e Vigilância da Linha da Frente; a Torre de Controlo e do Alto do Bairro de Sargentos. 
A P.A. também fazia o serviço de segurança ao Cinema. 
O Comandante era o Coronel Piloto-Aviador Diogo Neto, e o Segundo Comandante, o Tenente-Coronel Piloto-Aviador, Brochado Miranda. Na Esquadrilha de Polícia e Defesa Próxima, tinhamos o Capitão Carmo Mendes e o Alferes Pereira Alves, como figuras de maior patente. Sargentos não tínhamos, mas havia uma catrefada de cabos. Uns simples, outros aprovados, alguns outros milicianos... Vi que o cabo-miliciano que secretariava a Esquadrilha da P.A., era o cartaxeiro António Leal, que era de 63. Eu, que era de 64, somente depois da saída daquele, entrei em sua substituição naquele Departamento da Polícia Aérea. 
A BA2 distinguia-se das demais, por ter a Recruta e Formação dos Soldados-Alunos que, mais tarde, viriam a ser os Cabos-Especialistas. As instalações da P.A. eram no 1º andar do edifício em cujo rés-do-chão se situava a Cantina dos Sargentos e a malfadada barbearia, para onde eram mandados alguns "prevaricadores" a fim de levarem um banho de carola à máquina zero.